Depois de alguns anos sem nenhum programa de acesso remoto via desktop para Linux, eis que surge o primeiro programa, funcional, para tal função. Até semana passada se alguém procurasse algum programa voltado para Linux destinado ao suporte remoto, sem ter que redirecionar alguma porta(como no caso do VNC) para assim obter acesso e de baixa qualidade, obviamente o usuário ou mesmo técnico da área não encontraria absolutamente nada. Programas como o TeamViewer, LogMein dentre outros, não são novidades para a plataforma Windows ou até mesmo MAC. Neste caso, para o Linux, sim. Isso é uma grande novidade pois, pelo que sei, este é o primeiro programa, neste estilo, a dar suporte ao Linux. Mas já estamos correndo contra o “prejuízo” ou seria contra o tempo perdido? E tentando encontrar ou fazer algo funcional para executar tal função.
Informo que o objetivo deste texto não é abordar sobre todas as funcionalidades desse programa, pois acredito que muitos já o conheça, mas sim demonstrar que o programa está disponível para a plataforma Linux e realmente funciona.
IMPORTANTE: Não é preciso liberar, redimensionar portas ou desativar firewalls. Mesmo que você esteja em uma rede local ou em uma sub-rede de uma sub-rede local, este programa conseguirá ter acesso ao seu correspondente.
Há dois dias recebi um e-mail da empresa TeamViewer informando ter liberado uma versão(beta) deste programa para a plataforma Linux. Fiquei tão contente e corri logo para testá-la. Talvez eles tenham ficado de saco cheio de tantos emails que eu e mais algumas centenas de pessoas mandaram para a empresa pedindo uma versão do software para Linux, que resolveram faze-la. Depois de algum tempo, meses, anos, o nosso pedido foi atendido.
O TeamViewer, ainda em sua versão beta, inicialmente possui pacotes disponíveis para Red Hat, Fedora, Suse, Mandriva, Ubuntu e Debian, contendo versões para 32 e 64 bits. Também está disponível um pacote genérico(tar.gz), o qual utilizei no meu Gentoo amd64, e pode ser utilizado em qualquer distribuição nas arquiteturas 32 e 64btis. Para a versão “genérica”, basta descompactar o arquivo, entrar no diretório(teamviewer5) e executar o arquivo “teamviewer”.
Para uso não comercial a utilização do TeamViewer é livre. Para obter mais informações sobre a utilização do programa comercialmente, entre em contato ou busque mais informações direto no site do software: http://www.teamviewer.com/.
Um detalhe “interessante” que achei foi a utilização do Wine para a execução do programa, assim como o picasa da Google e outros programas que utilizam bibliotecas do Wine para serem executados. Apesar disso, o programa se manteve, mesmo em conexões ruins, com uma boa velocidade de manuseamento do desktop. Comandos, cliques, sendo atendidos instantaneamente.
Creio que essa seja apenas uma “revolução” de programas que dará início a muitos outros. O Linux cresce cada dia mais e os produtores de softwares pró Windows e Mac já não estão ignorando o primo livre.
Após baixar e instalar o programa, o mesmo estará disponível na sua sessão “Internet”, TeamViewer. Tando para Gnome, KDE, XFCE e afins.
Clique aqui para baixar o programa.
O programa é bem simples e intuitivo para ser utilizado. Após iniciado, você verá uma tela semelhante a tela abaixo, a qual contém basicamente dois quadros. O primeiro contém sua ID e senha, que deverá ser fornecida para o parceiro que desejar acessar o seu desktop, neste caso você será o receptor. O segundo quadro possui 3 opções(Suporte remoto, Apresentação e Transferência de arquivos), o primeiro é utilizado para você acessar a máquina, desktop, do seu parceiro, o qual irá te fornecer uma ID e uma senha e assim você poderá controlar o desktop remoto, transferir arquivos, usar o chat, voip dentre outros serviços disponíveis; com a opção “Apresentação” você poderá apenas visualizar o que o seu parceiro está fazendo; a opção “Transferência de arquivos” você pode apenas transferir arquivos.
Realizei alguns testes em duas máquinas distintas, uma com o Kubuntu 9.10 e outra com o Ubuntu 9.04. Em ambas a conexão e o bate-papo funcionaram perfeitamente, no Kubuntu a chamada voip funcionou muito bem. Na máquina Ubuntu a chamada Voip não foi bem sucedida, talvez por causa de uma configuração inadequada. A transferência de arquivos foi bem sucedida nos dois sistemas, Ubuntu e Kubuntu.
Para uma primeira versão Linux acho que o programa está bem servido para a proposta principal, que é de suporte a um desktop remotamente. Espero que o software seja aceito pela comunidade e prossiga com novas versões e melhoramentos.
Agradecimentos ao meu pai, José Maria Mendonça e a Débora Rangel por me ceder um tempo para realizar os devidos teste.
Meu computador serviu de cobaia para o sucesso do experimento =]
É…, boas madrugadas:)
Bjão Débora!
Ah esses botões, aposto que roda sobre wine “embutido”.
Guilherme, roda sim, como eu descrevi no texto. “Um detalhe “interessante” que achei foi a utilização do Wine para a execução do programa,(…)”
Aqui instalei ele no debian lenny 64 bits, e tentei executar o programa, mas o mesmo não abre.
Ricardo, abra um terminal e execute o programa teamviewer e veja que erro aparece!
Só pra constar, a versão Windows já funcionava no WINE. Era possível acessar, mas não ser acessado.
Excelente programa e excelente dica.
sensacional,
sou obrigado a deixar o micro da empresa no windows e usar o logmein, isso me limitava muito, pq a maior parte do meu trabalho está no meu debian que uso em dual boot.
vou implementar já já.
Estou usando e está super estável. O que eu gosto no teamviewer é que a net é usada somente para “Juntar” os dois PCS, pois em uma rede interna passa funcionar localmente sem ter contato exteno. Faça um envio de arquivo e verá que a velociade é bem alta. Aqui a net onde eu fiz o teste é de 200kbps e a tranferência foi de acima de 800 “KB” (rede sem fio).
Já tinha instalado pelo Wine, mas está versão do teamviewer funcionando sob e/ou junto com Wine é muito boa, como o Picasa e o GoogleEarth da Google para Linux.
Pô, reinventaram a roda, já uso ele com wine sem problema nenhum a muito tempo. O povo me faz um port que não é port coisa nenhuma é apenas uma execução via wine.
esperar mais 10 anos para port nativo.
E o ssh??? Para que usar um software para acesso remoto no desktop se é possível resolver os problemas via console?
Este software não tem nada de livre, aliás ele é privativo, proprietário e não é uma versão pra GNU/Linux e sim uma gambiarra …
Essa frase do seu artigo confunde: “Para uso não comercial a utilização do TeamViewer é livre.”
Se ele é livre onde está a licença que ele usa, onde está o código ?
[]’s
@Aaron Binner
SSH não serve somente para console, SSH pode tunelar programas gráficos – desde que o servidor permita e o cliente habilite.
Veja um exemplo em http://tldp.org/HOWTO/XDMCP-HOWTO/ssh.html
Uma maneira alternativa de “ser encontrado” com um ip dinâmico é o no-ip – http://www.no-ip.com/
O redirecionamento de portas para acesso em uma sub-rede controlada por firewall também não é nenhum bicho de sete cabeças, e entendo que a utilização do comando iptables é de grande valia.
Somando essas três soluções, temos a mesma utilização, de uma maneira mais ‘elegante’ em uma plataforma unix. A tendência ‘ms-like’ de procurar softwares no estilo ‘next-next-install’ a cada problema que você vise resolver pode ser muito útil para um usuário final, que não tenha preocupação com segurança e não queira uma solução mais ‘unix-like’.
Não estou advertindo as pessoas que fizeram depoimentos nos comentários do tipo “eu trabalho com um servidor linux e adorei a solução”, só faço o apelo para que todos reflitam em soluções corporativas com uso do ‘wine’, afinal de contas, se ele funcionasse 100% bem, também traria os vírus, trojans, e aquela corja toda para o ambiente linux.
Muito boa esta noticia…a muito tempo estava esperando algo parecido…pois é uma tristeza quando necessitamos fazer suporte remoto, e não termos ferramentas tão boas quanto o team viewer no linux, apesar das q existem tentam suprir estas dificuldades, mais a noticia de que uma grande empresa especializada neste ramo, criar uma solução para o linux é sinal de que estamos ganhando o respeito necessário…
Respeito a opnião de todos, mas o que muitos não enchergam é que isso é um grande avanço e o Linux está ganhando o seu espaço. Não está mais sendo ignorado.
Vi alguns comentário de pessoas dizendo para usar o NXserver ou ssh. Bom, imagina que o seu pai, a sua tia, mãe usa Linux e você não está por perto, digo, em outra cidade. Eles estão com algum programa para resolver na interface gráfica. Me digam o que é mais fácil, prático e útil? Tentar explicar para eles como acessar o modem, redimencionar uma porta para a máquina deles, pedir que instale um nx da vida ou ative o ssh ou mandar um único arquivo e disser, instala isso, me manda ID e senha, mais nada. Com isso você tem acesso total ao desktop remoto.
Eu já passei diversas vezes por problemas assim e esse programa foi uma luz no fim do túnel.
Sobre funcionar antes pelo wine, eu já usava também, porém, apenas a versão 3 que consegui conectar e acessar(controlar) máquinas windows.
Pessoal, vamos ter uma mente mais aberta, Xiitismo não leva a lugar nenhum 😉
O pessoal da TeamViewer já me respondeu um email, descrevendo que muito em breve estará lançando uma versão nativa para o Linux e me avisará. Assim que tiver com a informação volto a postar alguma coisa.
@Tales A. Mendonça
Nem xiita nem sunita. Temos que equilibrar as coisas, eu mesmo critico o uso desse tipo de solução. Também não aconselho que usuários finais aprendam sobre segurança -afinal de contas, eles não são técnicos.
Mas acho necessário que alguém advirta o que significa isso. Se alguém da sua família (que confia em você) te dá um acesso remoto por um software que roda sobre wine para pedir pra você ensina-la a usar um internet banking, por exemplo, não acho que a segurança deveria ser ignorada.
Precisamos é de uma solução que integre os dois requisitos, tanto a segurança quanto a comodidade. Aí sim teríamos um avanço significativo, e sinceramente acho que o Neatx chegará na frente nessa corrida.
Mas atualmente escolher entre uma solução e outra, implica em abrir mão da comodidade ou da segurança. Para usuários corporativos não tenho dúvidas, aconselho que cortem a comodidade.
Para algo mais profissional, de uma olhada no “nomachine” (http://nomachine.com), o mesmo utiliza SSH para realizar a conexão, contém ainda um cliente para Windows. É uma maravilha.
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